domingo, 30 de novembro de 2014

no contrafluxo...

a gente até diz que não 
quando quer dizer que sim... 
e se enrola no tempo esperando 
o quê estava certo de que não queria mais
ser ou não ser?
é saudade do tamanho de um caminhão...
o beijinho no rosto bem cedinho, de manhã
quando acorda e a lua ainda tá beijando o rosto do dia;
aquela energia foda dissipada no calor de um abraço
e aquele sorriso teimoso que sempre acompanha
o brilho dos olhos...
dentro de cada sim mora um pouco de não
e de cada não uma pausa sem fim -
a gente até quer meter o pé
mas também quer ficar; quer sorrir mas também quer chorar
e enfrenta longa viagem
no contra fluxo de nossa própria margem
- entre não estar e querer
a saudade em linha tênue é pioneira emoção
nesse inferno e céu de sim e não
que mata nossa sede de amar
e morre ao nosso jeito de viver.

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