Alegrei-me ao ver mais uma vez o rosto do dia. Mais cedo e ele sempre lindo.
E eu que achei do dia passado uma história nada comum, num dia de horror
E nada sabia dos fantasmas vivos que me vieram atormentar
E menos ainda que eu os iria atormentar.
Alegrei-me na potência, na presença, na vivência de anjos. No alívio, mais nada.
Nesse mundo de pré-textos, o tolo não pode compreender que todos os motivos geram ao redor da felicidade. Mas o sábio dirige seu caminho em retidão, no prazer de estar submetido à bendita sorte de poder sentir o aroma das flores.
Mas para o inescrupuloso, todas as flores o repelirão ojerizando-o na presença de sua aura. E seu mundo de prazer infeliz nada mais pode ser explicado senão como inferno e podridão espiritual dirigidos por um animal fraco, sujo, triste e apagado.
Alegrei-me, alegrei-me sim, alegrei-me na fortaleza dos querubins. Aos que me ajudaram dando-me o poder de uma visão ampla. Onde o tolo, em mente e corpo, onde carregava tamanha inutilidade humana e burrice mental, não pôde ter a capacidade sequer de prezar pela sua arma. Sente o gosto do seu próprio veneno, porque o prevenido morreu de velhice.
Alegrei-me maravilhosamente pelo sentimento de dever cumprido, sem desejo de vingança.
E com muito pesar, sinto pena do homem que com tantos caminhos bons a seguir, insiste em sabotar a si próprio demonstrando total infelicidade ao jogar toda amargura sobre seu próprio eu. Estou triste, mas aliviada em saber que o pecado é o próprio castigo, a própria prisão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário